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Tratamento da leucemia passa pela conscientização da doação de medula óssea



Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer, a leucemia ocupa a nona posição nos tipos de câncer mais comuns em homens e a 11ª em mulheres. A campanha Fevereiro Laranja tem o objetivo de esclarecer sobre o diagnóstico precoce da leucemia e estimular a doação de medula óssea. “No Brasil, a gente tem pouca doação, ainda tem muita barreira, muito desconhecimento, e é por isso que a Campanha do Fevereiro Laranja é importante”, diz Geovanne Pedro Mauro, radiologista do Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.


Sobre a forma de diagnosticar a leucemia, Mauro coloca que ela não mudou muito nos últimos anos, mas a busca ainda é pelo  diagnóstico mais precoce, já que, diferentemente de alguns tipos de câncer, não há forma de rastreamento para a leucemia. “A gente tem que aguardar o paciente ter o sintoma, mas também procurar o serviço médico o mais cedo possível. Na leucemia, esses sintomas são muito variáveis, não dá para apontar um lugar exatamente onde dói. Normalmente, o paciente fica mais cansado, o crescimento do baço, do fígado e alguns sintomas relacionados com a disfunção da medula óssea. A leucemia crescendo faz a medula óssea parar de funcionar, então, então o paciente fica mais anêmico, ele pode ter algum sintoma como manchas roxas pelo corpo, machucados que demoram mais para melhorar.”

Com a apresentação desses sintomas gerais, o primeiro passo é pedir um hemograma, que é o exame responsável por contar as células do sangue. Ao analisar os números, já é possível perceber indícios da doença: “O hemograma conta as células do sangue, simples assim, então você vê que tem uma distorção nos números, por exemplo, tem muito mais de uma célula do que deveria e as outras são diminuídas ou, às vezes, acontece de todas estarem diminuídas”, coloca Mauro. Ele ainda acrescenta: “O primeiro passo é sempre o hemograma, mas depois a gente precisa fazer outros exames para diagnosticar a leucemia, como o mielograma, em que a gente pega um pouco de sangue direto da medula óssea, e a biópsia de medula óssea, para a gente confirmar se tem ou não leucemia”.

A leucemia pode ter diferentes classificações, conforme as células que causam essa doença. O especialista enumera os quatro principais tipos de leucemia: a crônica, quando as células malignas são parecidas com células normais; a aguda, quando são muito diferentes como células sem função; a linfoide, similar aos linfócitos; e a mieloide, semelhante aos outros tipos de células. “Conforme a ciência avança, aumentam os subtipos e as possibilidades de tratamento”, comenta o radiologista. Mas, mesmo com essas variações, geralmente, quando a gravidade é elevada, o transplante de medula óssea é utilizado no intuito curativo.

Doação
Para realizar a doação, Mauro explica que a iniciativa é procurar um hemocentro, como o do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, que tem parceria com a Fundação Pró-Sangue. Lá será realizado um exame de sangue e os dados serão guardados no banco de doadores para uma eventual ocasião, quando a compatibilidade for alta. “Primeiro ocorre a busca na família, nos irmãos, vê se tem alguém compatível. Quanto mais próximo, maior a chance do procedimento dar certo. A gente só vai para o banco caso ninguém da família seja um doador possível. Se a gente não achar nem no banco, a gente não consegue fazer o procedimento”, explica o especialista. “A maioria das vezes você coloca o seu nome e nunca é chamado, porém, se for chamado, pode salvar uma vida”, complementa.

Ele também coloca que é um procedimento doloroso apenas na hora da doação, mas não apresenta riscos para o doador, já que a medula óssea está sendo sempre produzida em pessoas saudáveis: “É um procedimento doloroso na hora da doação, porque a gente tem que aspirar medula óssea de dentro do osso do paciente, porém, você está salvando uma vida e, de novo, não é um procedimento que vai colocar a sua vida em risco, você está produzindo mais, a qualquer momento você pode doar novamente”.

Um dos maiores problemas é que, embora o Brasil, conforme dados do Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), seja o terceiro maior banco de doadores, muitas vezes os doadores chamados não respondem ou não há medula compatível. “Para aquele paciente que está sendo tratado, tanto faz se tem milhões de medulas disponíveis, se não tem a compatível com ele. Por isso, é sempre bom ter a maior diversidade possível”, coloca Mauro.

Para se cadastrar como doador, segundo o Redome, é necessário ter entre 18 e 35 anos, não possuir uma doença infecciosa transmissível pelo sangue e não ter histórico de câncer. Os cadastrados permanecem no banco de doadores até os 60 anos.

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