Medula Óssea

Dez anos após transplante de medula, Drica Moraes posta foto com doador e agradece: “Te devo minha vida, irmão”



Drica Moraes fez uma postagem bonita e cheia de emoção e reflexão, na sua conta no Instagram, ao completar dez anos desde que se submeteu a um transplante de medula, tratamento que curou a atriz de leucemia. Na foto, ela aparece com Adilson Rodrigues, homem que lhe doou medula óssea.

“Há exatos 10 anos este homem me salvou a vida. Em 23 de junho de 2010 eu estava na corda bamba e, graças à sua doação de medula, estou aqui hoje. Obrigada Adilson! Te devo minha vida, irmão. Pudemos nos conhecer somente 5 anos após o procedimento. Não sabíamos quem éramos antes deste encontro. Hoje nos falamos quase que diariamente. Estou toda arrepiada”, escreveu Drica Moraes.

O transplante de medula óssea é um procedimento delicado, e um dos últimos, para o tratamento de doenças de sangue, incluindo a leucemia, por levar o paciente a uma fragilidade – sobretudo, imunológica – ainda maior. Na ausência de parentes com compatibilidade próxima a 100% (quando se recomenda o transplante, por haver chances reais de “a medula pegar”), recorre-se ao Redome (Registro Nacional de Doares de Medula Óssea), um banco mantido pelo Inca (Instituto Nacional de Câncer). A probabilidade de se encontrar uma pessoa compatível chega a ser de uma pessoa em 100 mil, ou mais.

Em Pernambuco, para se tornar doador de medula óssea basta procurar o Hemope. O procedimento é rápido: consiste na coleta de uma pequena quantidade de sangue (como num exame para quantificar a taxa de glicose) e o fornecimento de informações pessoais para o cadastro no banco de doadores.

Isolamento
Drica Moraes também equiparou o isolamento social de agora, em prevenção ao novo coronavírus, ao ano em que viveu isolada recuperando-se para que o transplante de medula fosse bem-sucedido e ela não desenvolvesse outras doenças, devido à baixa imunidade.

“Há 10 anos, vivi durante um ano em isolamento total sem ver o dia, sem poder tocar nem ser tocada, de máscara, cateter, tudo o que nos afasta da vida, do toque, da troca com o outro. Dores, angústias e incertezas. Hoje vejo a humanidade num isolamento muito parecido. Coisa louca. Toda arrepiada. Que bom que passou. Mas custou muito caro. Agora também vai passar. Paciência e fé. Existe afeto e inteligência para além dessa gentalha do mal que insiste em destruir tudo de bom que há em volta. Esses vírus e anomalias irão passar. E nós sempre estaremos na luta.”


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