Saúde

Dezembro vermelho: o avanço do Brasil na prevenção da Aids em 40 anos



Em dezembro de 1981, era registrado no Brasil o primeiro caso de Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – Aids, na sigla em inglês. Ao longo desses 40 anos, o país avançou no tratamento e segue evoluindo com relação aos medicamentos que proporcionam mais qualidade de vida às pessoas que vivem com o HIV. Entretanto, a ciência ainda segue na busca por uma vacina contra o vírus.

“A busca por um imunizante é importante, porém difícil. O vírus tem várias mutações, se esconde no sistema imunológico após a infecção e pode agir de maneiras diferentes em cada pessoa. Além da vacina, que precisa ter 100% de eficácia para realmente proteger as pessoas, também é necessário encontrar a cura para os já infectados”, explica João Prats, infectologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo.

Atualmente, há estudos em andamento para a criação de uma vacina, e um deles está em fase de testes de eficácia no Brasil e em outros países.

A Aids é a doença que surge no estágio mais avançado da infecção pelo HIV (vírus da Imunodeficiência Humana em português). Ele ataca o sistema imunológico e age nas células de defesa do corpo.

A transmissão pode ocorrer em:
– Transfusões de sangue contaminado
– Relações sexuais sem uso de preservativo
– Compartilhamento de agulhas, seringas ou objetos infectados
– Da mãe infectada para o bebê no parto ou na amamentação

Ainda na década de 1980, foram criados os medicamentos antirretrovirais, que inibem a multiplicação do HIV no organismo e evitam que o sistema imunológico fique enfraquecido. Apesar de ainda não existir cura para a Aids, o diagnóstico precoce eleva as chances de uma boa evolução no tratamento e uma maior qualidade de vida.

“Quanto mais cedo realizado o tratamento, maior é a chance do paciente ficar com o vírus indetectável. Isso costuma acontecer após três meses do começo das medicações. Por isso, o próprio Comitê Científico de HIV/Aids da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) emitiu um parecer técnico explicando que o paciente com o vírus indetectável não transmite mais o HIV”, diz o infectologista do Hospital São Vicente de Paulo (RS), Gilberto Barbosa.

Prevenção

A prevenção da transmissão de HIV e Aids também avançou com a chamada Prevenção Combinada – que é a associação do uso de preservativo com a PrEP e PEP (Profilaxia Pré-Exposição e Profilaxia Pós-Exposição ao vírus). Além disso, há a prevenção da transmissão vertical durante a gravidez, tratamento das infecções sexualmente transmissíveis e das pessoas que vivem com HIV ou Aids.

A Profilaxia Pós-Exposição (PEP) é o uso de medicamentos antirretrovirais após um possível contato com o HIV, em situações como: violência sexual, relação sexual desprotegida ou acidente ocupacional com instrumentos perfurocortantes ou material biológico contaminado. Já a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) é o uso dos medicamentos antirretrovirais antes da possível exposição ao HIV, reduzindo a probabilidade de infecção.

Dados

Cerca de 920 mil pessoas vivem com HIV no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde. Entre os anos de 2012 e 2019, houve um decréscimo de 18,7% na detecção de Aids, assim como uma queda de 17,1% na mortalidade entre 2015 e 2019.

Atualmente, os casos no país se concentram entre pessoas de 25 a 39 anos, com 492,8 mil registros até 2019. Esse número destaca a importância da prevenção, diagnóstico precoce e tratamento da doença.

Por outro lado, o número de pessoas atendidas para a prevenção e tratamento do HIV caiu 11% em 2020, segundo o Fundo Global de Combate à Aids, Tuberculose e Malária. Os testes para o vírus recuaram 22%. A organização classificou o impacto da pandemia de Covid-19 na luta contra a doença como “devastador”. Foi a primeira vez que o fundo registrou uma diminuição na prevenção e no tratamento da Aids desde sua criação em 2002.
Em dezembro de 1981, era registrado no Brasil o primeiro caso de Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – Aids, na sigla em inglês. Ao longo desses 40 anos, o país avançou no tratamento e segue evoluindo com relação aos medicamentos que proporcionam mais qualidade de vida às pessoas que vivem com o HIV. Entretanto, a ciência ainda segue na busca por uma vacina contra o vírus.

“A busca por um imunizante é importante, porém difícil. O vírus tem várias mutações, se esconde no sistema imunológico após a infecção e pode agir de maneiras diferentes em cada pessoa. Além da vacina, que precisa ter 100% de eficácia para realmente proteger as pessoas, também é necessário encontrar a cura para os já infectados”, explica João Prats, infectologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo.

Atualmente, há estudos em andamento para a criação de uma vacina, e um deles está em fase de testes de eficácia no Brasil e em outros países.

A Aids é a doença que surge no estágio mais avançado da infecção pelo HIV (vírus da Imunodeficiência Humana em português). Ele ataca o sistema imunológico e age nas células de defesa do corpo.

A transmissão pode ocorrer em:
– Transfusões de sangue contaminado
– Relações sexuais sem uso de preservativo
– Compartilhamento de agulhas, seringas ou objetos infectados
– Da mãe infectada para o bebê no parto ou na amamentação

Ainda na década de 1980, foram criados os medicamentos antirretrovirais, que inibem a multiplicação do HIV no organismo e evitam que o sistema imunológico fique enfraquecido. Apesar de ainda não existir cura para a Aids, o diagnóstico precoce eleva as chances de uma boa evolução no tratamento e uma maior qualidade de vida.

“Quanto mais cedo realizado o tratamento, maior é a chance do paciente ficar com o vírus indetectável. Isso costuma acontecer após três meses do começo das medicações. Por isso, o próprio Comitê Científico de HIV/Aids da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) emitiu um parecer técnico explicando que o paciente com o vírus indetectável não transmite mais o HIV”, diz o infectologista do Hospital São Vicente de Paulo (RS), Gilberto Barbosa.

Prevenção

A prevenção da transmissão de HIV e Aids também avançou com a chamada Prevenção Combinada – que é a associação do uso de preservativo com a PrEP e PEP (Profilaxia Pré-Exposição e Profilaxia Pós-Exposição ao vírus). Além disso, há a prevenção da transmissão vertical durante a gravidez, tratamento das infecções sexualmente transmissíveis e das pessoas que vivem com HIV ou Aids.

A Profilaxia Pós-Exposição (PEP) é o uso de medicamentos antirretrovirais após um possível contato com o HIV, em situações como: violência sexual, relação sexual desprotegida ou acidente ocupacional com instrumentos perfurocortantes ou material biológico contaminado. Já a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) é o uso dos medicamentos antirretrovirais antes da possível exposição ao HIV, reduzindo a probabilidade de infecção.

Dados

Cerca de 920 mil pessoas vivem com HIV no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde. Entre os anos de 2012 e 2019, houve um decréscimo de 18,7% na detecção de Aids, assim como uma queda de 17,1% na mortalidade entre 2015 e 2019.

Atualmente, os casos no país se concentram entre pessoas de 25 a 39 anos, com 492,8 mil registros até 2019. Esse número destaca a importância da prevenção, diagnóstico precoce e tratamento da doença.

Por outro lado, o número de pessoas atendidas para a prevenção e tratamento do HIV caiu 11% em 2020, segundo o Fundo Global de Combate à Aids, Tuberculose e Malária. Os testes para o vírus recuaram 22%. A organização classificou o impacto da pandemia de Covid-19 na luta contra a doença como “devastador”. Foi a primeira vez que o fundo registrou uma diminuição na prevenção e no tratamento da Aids desde sua criação em 2002.


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